Graduando do IMPA Tech recebe 7ª medalha de ouro da OBMEP

 

Conquistar uma medalha de ouro na OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas) é o sonho de muitos estudantes de diferentes regiões do país. Para Mateus Mundstock, a conquista não é apenas simbólica, mas materializa a mudança de vida e a transformação da sua trajetória acadêmica. O jovem nasceu em Viçosa (MG), mas foi em Rio Paranaíba (MG) que cresceu e teve contato com a olimpíada do conhecimento. A trajetória na competição foi determinante para a chegada ao Rio de Janeiro para cursar a graduação do IMPA, o IMPA Tech.
 

Ao longo de sua vida escolar, o estudante acumulou 8 medalhas na competição: 7 ouros e 1 prata. A honraria mais recente, uma medalha de ouro conquistada na 19ª OBMEP 2024, foi recebida na Cerimônia Nacional de Premiação, nesta segunda-feira (30), no Rio. As conquistas possibilitaram o ingresso de Mateus no bacharelado em Matemática da Tecnologia e Inovação. “A OBMEP foi um catalisador para toda minha ambição acadêmica. Depois de todos esses anos, depois de uma pandemia, sou aluno do IMPA Tech”, disse.
 

Mateus participou da OBMEP pela primeira vez em 2016 e logo já conseguiu seu primeiro ouro. “Foi chocante, mas ao mesmo tempo muito legal, pude viajar para a Cerimônia Nacional e tive experiências com outros medalhistas, como a sala de jogos, as palestras e os lanches.”
 

Apesar da presença no evento não ser uma novidade para Mateus, a sétima celebração teve um elemento especial: foi a primeira vez que os pais do jovem puderam acompanhar de perto o recebimento da medalha, que consagrou o graduando como heptamedalhista. “Na minha primeira cerimônia, tinham dois heptamedalhistas premiados. Eles subiram ao palco e fiquei encantado, imaginando estar nesse lugar um dia. E agora estou aqui, eu consegui”, disse.
 

O número impressionante de medalhas conquistadas só foi possível graças a uma decisão particular de Mateus, que recomeçou o Ensino Médio após o fim das aulas on-line. “Durante a pandemia, o ensino remoto na rede estadual de Minas Gerais foi horrível. Senti que não aprendi quase nada em 2020 e 2021, então, em 2022, decidi recomeçar todo o Ensino Médio. Fui estudar no COLUNI, que é um colégio universitário muito bom. Vi que seria melhor para minha trajetória acadêmica, mesmo que atrasasse mais dois anos para me formar”, contou.
 

Ao longo do Ensino Médio, o estudante se dedicou em todas as áreas do conhecimento, mas já imaginava seu futuro nas exatas. “Sou a favor de uma educação ampla, com interdisciplinaridade, mas foi a OBMEP que me atraiu para essa área. Cheguei a fazer um projeto de Iniciação Científica em História, mas já estava decidido que queria uma graduação em Matemática.”
 

Passar para o IMPA Tech passou a ser a prioridade do jovem mineiro, que também ficou encantado pelos benefícios estudantis que a graduação oferece: alojamento, auxílio alimentação e auxílio financeiro. “Estudar aqui é uma oportunidade maravilhosa e morar ao lado da faculdade ajuda bastante. Encontro os colegas pelos corredores e conversamos, trocando ideias. É muito legal”, disse.
 

“As aulas práticas também são muito boas e é algo raro de se ter em outros cursos, porque os monitores são alunos da pós-graduação do IMPA. Apesar de preferir estudar sozinho, no meu próprio tempo, sempre que preciso de alguma coisa, a monitoria está aqui”, acrescentou.
 

Filho de professores universitários, o graduando ainda não sabe qual caminho seguir no futuro, mas tem certeza de que os estudos serão parte da jornada acadêmica por um bom tempo. “Tendo a ir para academia, mas acho que o NCE (Núcleo de Carreiras e Estágios) vai me auxiliar nessa trilha. Mesmo se eu for para o mercado de trabalho, quero fazer mestrado e doutorado.”

 




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