TV internacional destaca história de medalhistas da OBMEP

 

A reportagem especial da China Global Television Network America - CGTN, uma rede televisiva  internacional, retratou a nova geração dos brasileiros apaixonados pela matemática, alguns deles premiados pela OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas). Com histórias de dois medalhistas da olimpíada, o especial “Big Report” mostra que os jovens talentos têm o amor pela disciplina alimentado por iniciativas como a OBMEP, realizada pelo IMPA desde 2005 e maior olimpíada científica do país.

Um dos entrevistados pela CGTN é Calebe Abrantes Abílio, de 14 anos. Morador de Vargem Alta (ES), cidade com pouco mais de 20 mil habitantes, o jovem levou o primeiro ouro para o município - medalha conquistada na 17ª OBMEP, e também foi o único medalhista de prata do município,\ na 16ª edição da olimpíada. 

“Quando eu tinha seis anos comecei a vender doces para ajudar na mensalidade da minha escola. Minha mãe preparava uma caixa de doces, com brigadeiro, e eu ia vendendo. Tinha que calcular o tempo todo: troco, quanto tinha e quanto vendi, o custo. Vi que fazer cálculos dava dinheiro. Foi uma coisa que me inspirou”, contou para a equipe de reportagem. 

O gosto do capixaba pela matemática surgiu pelo poder desafiador da disciplina. Em casa, estudou sozinho o conteúdo do 5º, 6º e 7º anos do Ensino Fundamental. O conhecimento avançado em matemática surpreendeu o professor Welson de Nascimento Júnior, que o incentivou a participar da OBMEP no 6º ano do Ensino Fundamental.

“Quando eu comecei a dar aula para o Calebe ele me intrigou fazendo perguntas que, na maioria das vezes, eu não sabia a resposta. Então eu observei que ele era diferente. Comecei a pesquisar, porque ele sempre me estimulou a querer mais. Se eu chegasse raso na sala de aula, com certeza ele iria me ensinar e não o contrário”, comentou o professor em entrevista à TV.

De Sertãozinho, cidade do interior de São Paulo, Maria Eduarda Chica Ramos, de 13 anos, contou à CGTN que a paixão pela matemática começou cedo, aos seis, quando ela conheceu o xadrez. 

“Ela começou a fazer aula de xadrez no colégio e o professor viu que ela tinha muita facilidade de montar estratégia, então ela começou a participar de campeonatos. Aí a gente viu que a matemática também era bem fácil para ela”, explicou a mãe Gabriela Chica.

Maria Eduarda participava de torneios de xadrez com adversários que tinham, em sua maioria, 30 ou 40 anos a mais que ela. Apesar do amor pelo jogo, a jovem cansou dos torneios após três anos de participação. Ela conta que só retomou o contato mais próximo com a matemática a partir da OBMEP.

“O fogo pela matemática se acendeu novamente quando eu tinha 12 anos. Foi quando eu fiz pela primeira vez a prova da OBMEP. Fiquei sabendo da prova através dos professores. Toda a escola faria a primeira fase e quem passasse para a segunda teria aulas preparatórias, porque não era tão fácil escrever o raciocínio. A segunda fase foi, eu não diria difícil, mas sim complicada. Eu consegui terminar um pouco antes do tempo acabar e, bom, eu consegui ouro! Então eu acho que fui bem”, disse Maria Eduarda à TV.

A reportagem também ouviu Igor Pinheiro, de 12 anos, morador de Vitória (ES), que foi premiado pela Olimpíada Canguru de Matemática, e jovens de outros países. O especial está disponível neste link.




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