Medalhista de ouro e prata da Olimpíada Mirim, o estudante Guilherme Dangió, de 11 anos, se prepara para participar neste ano, pela primeira vez, de uma edição da OBMEP. Aluno do 6º ano do Ensino Fundamental da rede privada do Rio de Janeiro, o estudante é um admirador da matemática e fala com entusiasmo da 1ª fase da Olimpíada, que acontece em 3 de junho.
“Matemática é a matéria que eu mais gosto porque é a disciplina que mais me motiva a estudar. Conseguir uma medalha da OBMEP pode ser muito importante para o currículo. Ela pode mudar a sua vida de algum jeito. Então, na minha opinião, é uma das coisas mais importantes que um estudante pode fazer”, diz.
Além das conquistas na Olimpíada Mirim, Guilherme coleciona outras premiações: um ouro e duas pratas na Canguru de Matemática, dois ouros na Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR-T), uma prata da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA), um ouro na Mandacaru e um bronze na Olimpíada de Matemática do Estado do Rio de Janeiro (OMERJ) . Ao todo, são dez medalhas conquistadas.
Ex-aluno de uma escola em Valinhos, cidade do interior de São Paulo, Guilherme mudou-se para o Rio de Janeiro em 2024. Flávia Dangió, mãe do medalhista, conta que um dos critérios do estudante para selecionar a nova escola foi a participação da instituição em Olimpíadas do Conhecimento. “Ele fez três pedidos para a escolha do colégio novo: que participasse de olimpíadas, tivesse aula de robótica e campo de futebol, pois ele adora jogar futebol. Então, acabamos escolhendo a escola atual porque tinha uma turma olímpica.”
Orgulhosa com o entusiasmo e a trajetória do filho, Flávia, que é engenheira têxtil, destaca outros benefícios importantes que as Olimpíadas oferecem ao jovem. “Além do desenvolvimento acadêmico, tem a questão do amadurecimento. Ele aprende a se desafiar, a controlar a ansiedade com as datas de prova e de resultados, aprende a vivenciar sentimentos de alegria e euforia pela vitória, mas também a lidar com o momento de frustração. Aprende como reagir em momentos em que a medalha não veio, ou com a expectativa de aguardar uma colocação e se deparar com outra’’.
Flávia recorda ainda que o interesse do jovem por Olimpíadas do Conhecimento começou já no 2º ano do Ensino Fundamental e foi motivado pela antiga escola.
“Desde pequenos, eles tinham aulas ‘explorar e descobrir’, onde faziam exercícios de raciocínios lógico, exercícios de astronomia e aula extra de robótica. Além disso, via os amigos participando das olimpíadas. Então, ele ficou super ansioso e começou a participar também e não quis parar mais”, recorda a mãe.
Para o estudante, a competição científica desperta diferentes sentimentos. “Me sinto mais feliz quando participo. Me sinto alegre e divertido”, disse o jovem.
Sobre a 1ª fase da OBMEP
A primeira fase da 20ª OBMEP acontece em 3 de junho. Nesta primeira fase, as provas serão aplicadas e corrigidas pelas próprias escolas, conforme regulamento. Os estudantes terão 2h30 minutos para resolver 20 questões objetivas do exame, preparado em três níveis, de acordo com o grau de escolaridade do aluno: Nível 1 (6º e 7º anos), Nível 2 (8º e 9º anos) e Nível 3 (Ensino Médio). O regulamento da olimpíada está disponível no site.
A relação dos candidatos aprovados para a segunda fase será divulgada em 1º de agosto no site da Olimpíada. A etapa final da competição científica será realizada em 25 de outubro nos locais previamente informados pela OBMEP.
Realizada pelo IMPA, a competição científica celebra, neste ano, mais de duas décadas de história batendo recorde: 57.222 escolas de 5.566 municípios, o que representa 99,93% de cobertura nacional – o maior número já registrado desde sua criação, em 2005