'Com participação ativa, alunos têm outra visão de mundo', diz professor

 

Quando o professor Cationildo Honorato da Silva, de 37 anos, era aluno do ensino fundamental, ele já sabia que a matemática o fascinava, mas não imaginava que teria uma professora como inspiração para acompanhá-lo nesta caminhada até se tornar, ele mesmo, um professor de matemática. Hoje, Honorato acumula uma experiência de 14 anos em sala de aula e, assim como sua professora Eliana Saturnino, acompanha de perto alunos apaixonados pela disciplina. 

Com a experiência adquirida no programa OBMEP na Escola, durante a edição do ano de 2020, o professor da Escola Integral Padre Carlos Cottart, em Afogados de Ingazeira (PE), teve a oportunidade de desenvolver novas estratégias de raciocínio lógico, aprimorando ainda mais a sua prática como professor. “O programa me motivava a estudar, que já é uma coisa que faço naturalmente durante meu dia a dia, através das atividades propostas, dos desafios e das avaliações. Então, foi através das Olimpíadas que hoje tenho um olhar ainda mais diferenciado pelos meus estudantes”, afirmou. 

O pernambucano dá aula para alunos do ensino fundamental e busca, diariamente, incentivar os alunos a se desafiarem na disciplina. “Sou aquele tipo de professor que procura novos talentos e busca aprimorar ainda mais aqueles que já tem um certo talento com a matemática. Eu não me canso de incentivar e correr atrás”, comentou. Honorato teve em quem se espelhar e conta que sua professora Eliana Saturnino foi essencial para que ele se motivasse a buscar a área profissional. 

“Eu tive a oportunidade de estudar com uma professora nas séries iniciais, ou seja, na antiga 1ª série do ensino fundamental [atual 2º ano do EF], e ela posteriormente se tornou professora de matemática do ensino médio, então tive o privilégio de continuar tendo aulas com ela. Quando fui pra faculdade, ela também me ensinou durante os quatro anos da minha graduação, foi com isso que acabei desenvolvendo um grande apreço pela matemática. Ela sempre foi a minha maior referência, sou fã até hoje!”, relembrou o professor. 

Durante sua graduação em Ciências com habilitação em Matemática na Autarquia Educacional de Afogados da Ingazeira e Faculdade do Sertão do Alto do Pajeú (FASP), de Pernambuco, ele foi apresentado a didáticas diferenciadas de aula, com problemas matemáticos elaborados, jogos, desafios, entre outros. “Isso despertou em mim a vontade de utilizar essa didática que utilizo até hoje”, explicou. 

Por isso, quando se tornou professor na escola em que leciona, Honorato decidiu desenvolver uma matéria eletiva chamada “Olimpíadas e Sonhos”, que acontecia duas vezes por semana, trazendo temas diversificados e sempre voltados para as olimpíadas acadêmicas. “As atividades propostas eram reflexões, músicas, dinâmicas, desafios disponíveis no Portal da OBMEP, resolução de provas anteriores, debates e várias outras. Tivemos bastante resultados positivos, foram duas medalhas de prata, uma de bronze e sete menções honrosas, além de um certificado para a escola onde leciono”, comentou orgulhosamente.

Apesar de ter participado de somente uma edição do programa OBMEP na Escola, em 2020, ele afirmou que as trocas proporcionadas pelo programa foram muito importantes para o seu desenvolvimento enquanto profissional. “Meu orientador foi o prof. Pedro Macário, excelente profissional, que sempre trazia em suas aulas uma proposta bem interessante, com  questionamentos, debates, problemas e soluções de questões inéditas. Os materiais disponibilizados pelo programa são bastante inovadores e conseguem instigar o nosso pensamento crítico”, disse. 

Um dos maiores orgulhos do professor é poder retribuir todo o apoio que recebeu enquanto aluno. Atualmente, ele ainda acompanha as conquistas dos ex-alunos medalhistas nas redes sociais e foi convidado por um grupo de estudantes a orientar o Trabalho de Conclusão do Fundamental com o tema “Os cinco passos para ser medalhista em Olimpíadas”. “Esse projeto me motivou mais ainda a não desistir do ensino, da profissão e da procura por novos talentos. Acredito que com essa participação ativa em programas, os alunos têm uma outra visão de mundo e de seu próprio futuro para assim concretizar o seu projeto de vida!”, conclui.

 




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