Entre os livros e a lavoura: medalhista da OBMEP é de família de agricultores

 

Filha de agricultores, a estudante Amanda Pagel Blank, de 15 anos, viajou pela primeira vez de avião no início do mês para receber sua primeira medalha de ouro conquistada na 15ª edição da OBMEP. A cerimônia de premiação ocorreu em 7 de novembro, em Salvador, na Bahia. 

Ansiosa, a aluna da escola municipal Francisco Fromming, em São Lourenço do Sul (RS), aguarda ainda para receber a segunda amarelinha referente a olimpíada de 2021, cuja premiação ainda não ocorreu. Ao todo, a jovem acumula três medalhas: uma de prata (2018) e duas de ouro (2019 e 2021). 

Amanda conta que conheceu a OBMEP na escola, quando era aluna do sexto ano do Ensino Fundamental e sozinha foi atrás de informações sobre os benefícios que a olimpíada oferece. “Por conta própria pesquisei tudo e fui fundo.” 

Moradora de uma cidade de 43 mil habitantes, cujo campo é responsável por 60% do PIB (Produto Interno Bruto) do município, a estudante conta que a família vive da plantação de soja. É dos pais que ela recebe o principal incentivo para os estudos. 

“Meus pais sempre dizem para eu focar nos estudos. Nunca fizeram eu sair da escola ou coisa do tipo para ajudar, mas quando eu tenho um tempo sobrando, eu gosto de ajudar porque eu quero retribuir tudo que eles fazem por mim”, contou.

Amanda comentou ainda sobre as vantagens e desvantagens de estudar no interior. “O meu voo de Pelotas até São Paulo foi mais rápido do que o tempo que eu passo de ônibus até a escola, por exemplo. O estudo no interior acaba dando uns prejuízos, mas em questão de vivência, é tranquilo. Consigo estudar quietinha no meu canto. Aí eu quero uma folguinha, eu vou lá, cuido das minhas galinhas, vou ver as vacas, vou na lavoura passear.” 

A medalhista foi acompanhada da mãe e de uma prima para Salvador - primeira viagem de avião da família.

 




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