OBMEP vira tema de festa de medalhista

 

O aniversário de 13 anos de Felipe Panizzi Streit teve sabor de OBMEP. Colecionador de medalhas olímpicas (14 no total!), o estudante conquistou, no ano passado, sua primeira premiação na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas: um bronze nacional. Orgulhosa pela conquista, em fevereiro, a família decidiu homenageá-lo com uma festa surpresa que teve a OBMEP como tema. De presente de aniversário, o estudante ganhou um curso virtual de treinamento para olimpíadas do conhecimento. 

 

“Eu fiquei tão feliz, não esperava! Fizemos um almoço em família e a mesa foi decorada com balões, bolo e biscoitos com o tema OBMEP e matemática. Uns dias antes, tinha pedido para fazer parte de um curso que oferece aulas e tarefas diárias de matemática e ganhei esse presente”, conta o estudante que vai participar neste ano do PIC (Programa de Iniciação Científica Jr). A iniciativa oferece aulas avançadas de matemática para medalhistas da olimpíada. 

 

“Estou muito ansioso para as aulas começarem! Meu sonho é conseguir uma medalha de ouro e ser um dos melhores alunos do  PIC para poder participar da semana acadêmica do Hotel de Hilbert.”

 

Fascinado pelo universo das olimpíadas científicas, Felipe possui 14 medalhas e cinco menções honrosas de diferentes competições. A maioria das premiações é em matemática. Além da OBMEP, o estudante já conquistou medalhas na Competição na Jacob Palis Júnior, Canguru, Olimpíada Paranaense de Matemática, entre outras. 

 

“Esse ano eu consegui medalha de bronze na Jacob Palis Júnior e daí fiz a prova da OBM (Olimpíada Brasileira de Matemática), mas nessa ainda não consegui medalha”, conta o adolescente. 

 

Cristiane Panizzi, mãe do estudante, lembra que o interesse do filho pela matemática apareceu muito cedo:  com menos de cinco anos, Felipe já contava até mil. 

 

“Fiquei surpresa, pois nunca havia ensinado. Na época, a professora da escolinha percebeu a afinidade dele com números e o ensinou a fazer contas e assim, ele foi estudando. Quando Felipe descobriu a OBMEP, ele começou a estudar antes de ter a possibilidade de participar. Ele fez a prova pela primeira vez quando estava no sexto ano. Ano passado, ele conseguiu a medalha de bronze nacional. Hoje, ele coordena um grupinho que fala muito sobre olimpíadas, principalmente, de matemática.”

 

Estudante mudou de escola em busca de olimpíadas

 

Morador da cidade de Francisco Beltrão (PR), Felipe já mudou de escola quatro vezes. O objetivo dele e da família era encontrar uma instituição que valorizasse diferentes modalidades de olimpíadas científicas, como explica Cristiane. 

 

“A primeira troca de escola foi ainda no primeiro ano quando mudamos de cidade. Era uma escola muito boa, porém não tinha muita participação em olimpíadas. Quando ele tinha oito anos, a escola participou da Olimpíada Brasileira de Astronomia, mas não estendeu para todos os alunos e o Felipe ficou muito chateado. Por isso fomos trocando de escola. Uma delas esqueceu de escrevê-lo em uma prova, outra não quis ser polo de aplicação mesmo com ele e um amigo classificados. Uma situação um pouco chata”. 

 

A mãe explica que a família oferece total apoio para que o estudante participe de todas as competições. Os dois já chegaram a viajar quatro horas para realizar a prova de uma das edições da Olimpíada Brasileira de Física. “Ele conseguiu uma medalha de bronze, mas independente do resultado é maravilhoso poder apoiá-lo em tudo”, destaca Cristiane.  

 

Neste ano, Felipe ingressou no Colégio Vila Militar Vida e Ensino, onde espera poder se preparar ainda mais para futuras competições. Ele sonha em se tornar engenheiro militar no ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica) e ensinar  crianças a matemática das olimpíadas




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