A realização da 2ª fase da 19ª OBMEP ganhou espaço em diversos veículos de imprensa na última semana. O Globo, G1, Agência Brasil, TV Brasil, CNN e O Povo foram alguns dos veículos que noticiaram a realização da prova, que ocorreu neste sábado (19) e reuniu mais de 900 mil alunos de todo o Brasil.
O portal G1 deu visibilidade a cidade de Cocal do Alves, município do interior do Piauí, com menos de 7 mil habitantes, que conquistou 299 medalhas na OBMEP em 18 anos. A reportagem de Sthefany Prado e Andrê Nascimento destacou não só a realização de mais uma edição da competição científica como contou a história de Rickelmy de Brito Pereira, de 23 anos, um estudante que conquistou uma bolsa e se formou em Matemática. Depois, ele voltou para a mesma escola em que estudou, mas desta vez, como professor.
“A partir da conquista de uma medalha, consegui uma bolsa na UFDPar onde cursei Licenciatura em matemática. Essa bolsa ofertada contribuiu bastante para a minha permanência na universidade. Concluí o curso recentemente e tive a oportunidade de retornar para a escola que me proporcionou tudo isso. Agora, como professor de matemática e colega de profissão dos meus professores do ensino fundamental e médio”, contou o novo professor da cidade, que também dá aulas de preparação para a olimpíada.
A TV Brasil também aproveitou a realização da prova para destacar a história de um medalhista da OBMEP. Wesley Felix, de 17 anos, que participa pela última vez da Olimpíada, contou como a competição científica mudou sua relação com a disciplina. “Tudo começou no sexto ano, quando fiz pela primeira vez a OBMEP. Nem tinha conhecimento direito da Olimpíada. Participei, ganhei bronze e acabei me apaixonando pela matemática. Vi algo mais desafiador na Olimpíada e comecei a estudar”, contou o estudante que cursa o 3º ano do ensino médio.
A matéria reforçou ainda os benefícios oferecidos aos medalhistas como a oportunidade de ingressar em universidades públicas através de “vestibulares olímpicos”. Em entrevista à TV, Jorge Vitório, diretor-adjunto do IMPA e coordenador-geral da OBMEP, aproveitou para destacar o processo seletivo do IMPA Tech, que privilegia estudantes com bom desempenho em competições científicas. “O IMPA Tech, por exemplo, reserva 80% das suas vagas para alunos de olimpíada do conhecimento. Anualmente, a graduação oferece 100 vagas, todas com bolsa, mas 80% são para medalhista, não só da OBMEP, mas de algumas outras olimpíadas também."
Já o jornal O Globo citou o oferecimento do PIC para os alunos medalhistas. “Alunos que conquistarem medalhas nacionais são convidados a participar do Programa de Iniciação Científica Jr. que propicia, por meio de encontros presenciais ou virtuais, contato com conteúdos mais profundos da Matemática, ampliando o conhecimento científico e preparando o aluno para um futuro desempenho profissional e acadêmico. Estudantes de escolas públicas, além das aulas, recebem uma bolsa de incentivo de R$ 300 para participarem do programa.”
Promovida pelo IMPA, a OBMEP é realizada em duas fases. A primeira etapa, realizada em 4 de junho, reuniu 18,5 milhões de alunos de escolas públicas e privadas de todas as regiões do país. A iniciativa alcançou, nesta edição, o recorde de 56.516 instituições participantes, e a incrível marca de 5.564 cidades – 99,9% dos municípios brasileiros.
A Olimpíada oferece 8.450 medalhas nacionais. Desse total, 650 são de ouro, 1.950 de prata e 5.850 de bronze, além de 50 mil menções honrosas. A OBMEP distribui também outras 20,5 mil medalhas estaduais.