Eles formam um seleto grupo de jovens que, vindos de todos os cantos do país, têm em comum o amor pela Matemática. Hoje, esta paixão foi recompensada quando, cada um deles, recebeu a sua medalha de ouro da OBMEP.
Foram 18,2 milhões de participantes na OBMEP em 2017, dos quais 575 premiados nesta quinta-feira (2), durante o ICM 2018, no Riocentro.
A solenidade contou com a presença do ministro da Educação, Rossieli Soares da Silva. Também participaram do evento o italiano Alessio Figalli, o brasileiro Artur Avila e o francês Cédric Villani, respectivamente vencedores da Medalha Fields em 2018, 2014 e 2010.
A tarde de muita alegria foi animada pelo DJ Omulu, pelo dançarino Rodrigo Morura e pelo grupo de instrumentistas Aerolata, de Vigário Geral. Eles fabricam os próprios instrumentos de percussão com materiais reciclados.
Depois de destacar que os premiados transformarão a vida do país e as suas próprias, o ministro da Educação pediu que todas as meninas ficassem de pé e as parabenizou. Falou da necessidade que o país tem dessas futuras cientistas e disse o quanto é importante estimulá-las.
Na cerimônia, o coordenador da OBMEP, Claudio Landim, reservou mais uma surpresa. Ele anunciou que o programa será estendido, a partir do próximo ano, às 4ª e 5ª séries do ensino fundamental.
Depois, chegou a vez dos jovens receberem as medalhas. A ordem de entrega começou com os hexa, penta e tetra medalhistas.
Nesta última categoria está Larissa Cristina Bretanha, de Brasília. Aos 15 anos e quatro medalhas de ouro, a estudante do Colégio Militar já esteve no PIC e, atualmente, se dedica ao Polos Olímpicos de Treinamento Intensivo.
Se a Matemática é uma paixão desde a infância, nas horas livres ela se dedica à leitura, que também adora. “Ler é muito bom. O livro que me fez despertar para esse hábito foi Harry Potter.”
As Olimpíadas começaram em 2005 com 10 milhões de alunos e já chegaram a mais de 18 milhões. A quantidade só tende a crescer com o entusiasmo de jovens como Luigi Monteiro Santos Rangel, do Rio de Janeiro, que ganhou a primeira medalha de ouro aos 11 anos e, hoje, aos 14, até se perde ao contar quantas já têm. Ele participa não só da OBMEP, como de todas as outras competições.
De onde veio toda essa paixão? “Eu já gostava e minha ex-professora na Escola Municipal Ceará, Maria Isabel, formou um grupo de estudo e me incluiu. Daí para a frente o interesse só cresceu. Quero ser matemático. Assistir, ontem, à história dos premiados com a Medalha Fields só me fez pensar em quanto mais tenho que me dedicar.”
Fonte: IMPA