O reconhecimento de mais de 680 mil alunos premiados pela OBMEP, desde 2005, foi destaque da matéria do Jornal O Globo, no último sábado (11). A reportagem ressaltou os números da olimpíada, maior competição científica do país, que é realizada pelo IMPA e envolve mais de 18 milhões de jovens a cada edição. Com dados que apontam o impulsionamento do conhecimento científico entre os estudantes, a reportagem mostra o impacto da competição na educação brasileira.
Em entrevista para o veículo, Marcelo Viana, diretor-geral do IMPA, afirmou que as premiações da OBMEP distinguem jovens com talento para a matemática e incentivam o interesse pela disciplina. “Além de homenagearem o talento e a dedicação, essas premiações levam oportunidades a todas as regiões do país, oferecendo caminhos de realização pessoal e profissional, sobretudo aos nossos jovens mais carentes. Dessa forma, realizam um importante papel social e educacional”, comentou.
O jornal também mostrou a realização da primeira fase da 17ª OBMEP na escola indígena Mamaindê Cabixi, de Comodoro (MT), que é mantida pela prefeitura de Vilhena (RO). Ao todo, 26 alunos de 6 a 39 anos — incluindo estudantes do Ensino de Jovens e Adultos (EJA) —, realizaram a prova este ano, pela segunda vez consecutiva. Os 26 alunos do Ensino Fundamental e Médio se envolveram nas questões repletas de raciocínio lógico e desafios matemáticos.
O impacto da OBMEP
A reportagem ainda deu destaque aos dados que comprovam a importância do incentivo aos estudantes. Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Estadual de São Paulo, Fundação Getúlio Vargas e Itaú-Unibanco mostrou que alunos que realizaram a olimpíada tiveram um aumento de 1,91 pontos na nota média de Matemática, em relação à nota de alunos matriculados em escolas não participantes.
O impacto positivo foi observado tanto em alunos que foram premiados, quanto naqueles que não receberam premiação. A mesma pesquisa ainda aponta que escolas participantes da OBMEP aumentaram em 1,07 pontos percentuais a taxa de aprovação média entre alunos do 6º e 9º ano, e reduziram em 0,63% a taxa de abandono nessa fase.
A matéria do Jornal O Globo ainda retratou a importância do incentivo a meninas e mulheres na área de exatas, citando o projeto Meninas Olímpicas do IMPA. A iniciativa do instituto busca estimular a participação de meninas entre 14 e 17 anos em olimpíadas científicas, com o objetivo de aumentar a presença feminina em áreas como matemática, computação e engenharia.