Matemática leve e atraente forma medalhistas da OBMEP

 

Foi através de experiências baratas levadas para as salas de aula que Daniela Mendes, atualmente professora da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), conseguiu resultados relevantes no ensino da matemática, quando ainda era professora da rede estadual de educação do Rio de Janeiro.

Com embalagens de alimentos, ela introduziu conceitos de proporção, e com materiais reciclados, fez com que os alunos se tornassem capazes de calcular a altura do prédio da escola onde estudavam.

No Festival Nacional da Matemática, Daniela participou de bate-papo ao lado dos professores Antonio Cardoso do Amaral, destaque da OBMEP com o CETI (Centro Estadual de Tempo Integral) Augustinho Brandão, de Cocal dos Alves (PI), e Luiz Felipe Lins, professor da Escola Municipal Francis Hime, no Rio de Janeiro. 

A mesa redonda “Como estimular e  influenciar positivamente os alunos nas aulas de matemática”  ocorreu durante o segundo dia do Festival Nacional da Matemática, que acontece até sábado (30), no Rio de Janeiro.

Na conversa, Daniela falou sobre como utiliza a “fofoca” para tornar a disciplina divertida: “Despertar a curiosidade de vocês, foi o caminho que eu encontrei! Da brincadeira sai a matemática”.

Já o professor Antonio Cardoso do Amaral mostrou como conseguiu tornar sua escola referência na OBMEP. Ele contou que as turmas são divididas em grupos – cada um responsável pela resolução de um problema matemático. Posteriormente, os alunos vão se misturando e estimulando a troca de conhecimento.

Cardoso enfatizou como os bons resultados no método têm influenciado a própria escola e o Estado: “Criamos uma cultura de ensino e educação e isso está refletindo em outros lugares”.

‘Matemática atrai quando faz sentido’

Felipe Lins destacou ao público que acredita em um ensino que leve menos métodos prontos para a sala de aula: “Precisamos construir uma matemática melhor para vocês. A matemática nos atrai quando faz sentido. É essa matemática que acreditamos e essa matemática que vocês estão experimentando no festival”.

A mesa redonda contou com a mediação do pesquisador do IMPA Roberto Imbuzeiro e com a interação de estudantes, que enfatizaram a importância da parceria entre alunos e professores. 




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