Alunos da OBMEP participam de imersão na matemática em Natal

 

“Essa foi a melhor experiência que a OBMEP me proporcionou. Aprendi muita coisa nova, diversas palestras de temas que não tinha ouvido falar, que atiçam a curiosidade”. Foi assim que a estudante Vanessa Yukari, de 18 anos, de Londrina (PR) descreveu o 8º Encontro do Hotel de Hilbert. Este ano, o evento aconteceu em Natal (RN) e promoveu uma imersão na matemática para 160 alunos do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio de todo o Brasil.

O encontro, promovido pelo IMPA através da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), reuniu os alunos durante 4 dias para aulas e atividades. Os participantes selecionados são os que alcançaram um bom desempenho acadêmico no  PIC (Programa de Iniciação Científica Jr), destinado aos medalhistas da OBMEP

O coordenador-geral da OBMEP e diretor-adjunto do IMPA, Claudio Landim, explicou que os estudantes do PIC fazem testes ao longo do programa e a partir do resultado, 160 são selecionados para participar do Encontro. "Os que estão aqui hoje são os melhores, ganharam medalha e depois se destacaram no Programa de Iniciação Científica. É uma enorme alegria estar recebendo-os  e espero que seja uma oportunidade deles encontrarem outros estudantes que gostem de matemática. Além disso, que eles tenham tido palestras estimulantes e que terminem na universidade aprendendo ciências, matemática ou outras áreas.”

A aluna Cyele Francini, 16 anos, de Pompéu (MG), participa pela segundo ano do evento e definiu a experiência como “incrível”. “É muito bom estar em um lugar com pessoas que compartilham dos mesmos gostos e hobbies. É uma experiência inesquecível, que vale muito a pena”. 

Felipe Marques, de 14 anos, é do Rio de Janeiro (RJ) e contou que não imaginava vir para o encontro, quando foi selecionado ficou muito feliz. “Nunca tinha vindo ao Nordeste e nem participado do Hotel de Hilbert, está sendo incrível. Além das aulas, umas das melhores partes é poder trocar conhecimento com outras pessoas”.

O evento contou com a participação de 17  professores universitários de diferentes regiões do país para debater temas do universo matemático e incentivar a garotada a se dedicar ao aprimoramento dos estudos. Os docentes trabalharam assuntos como “Medindo o mundo com o celular”; "Mágica topológica: alguns truques e um pouco mais”; “Modelagem probabilística e tomada de decisões”; Os ingredientes da Música, entre outros. 

Entre aulas e atividades, os alunos também encaram com entusiasmo o “Problema do Dia”. Sempre uma questão elaborada pelos professores para desafiar a garotada. Após dias de estudos e aulas, a cerimônia de encerramento aconteceu na manhã desta quinta-feira (27), no último dia do encontro. O evento contou com a presença de César Camacho, diretor da FGV EMAp (Escola de Matemática Aplicada) e pesquisador emérito do IMPA; de Adalberto Fazzio, diretor da Ilum Escola de Ciência e de Krerley Oliveira, coordenador do curso Novo Ensino Suplementar, extensão em Matemática da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Eles apresentaram os cursos e possibilidades de instituições de ensino para os participantes do evento. 

O Encontro do Hotel de Hilbert  deste ano conta com apoio do Itaú Social, SBM (Sociedade Brasileira de Matemática) e CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

Por que o evento se chama Hotel de Hilbert?
 

O Encontro do Hotel de Hilbert acontece desde 2011 e faz uma homenagem ao experimento mental apresentado pelo matemático alemão David Hilbert. Em 1925, ele apresentou um paradoxo do infinito. Nele há um hotel com quartos infinitos sempre lotados, com um hóspede em cada quarto. Porém, sempre que chega um novo cliente, o gerente pede que os hóspedes mudem para o quarto ao lado.

Em linguagem matemática, é mais ou menos assim: o hóspede do quarto n pula para o quarto n+1 e assim sucessivamente. Mais conhecido como Hotel de Hilbert, o paradoxo expõe a ideia de que, apesar de sempre lotado, sempre há vagas.

 




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